sábado, 9 de maio de 2009

Além da Religião - David N. Elkins - Ed. Pensamento, 1998

Vale à pena ler o livro “Além da Religião”, escrito por um catedrático psicólogo, nascido em família religiosa, e que foi pastor por 20 anos, até que percebeu, pelas suas experiências, o quanto a religião não contribuía para a evolução e espiritualidade das pessoas. Ele justifica sua conclusão na primeira metade do livro. Reconhecendo, porém, a importância do cultivo da espiritualidade pelas pessoas, ao que chama de “sagrado”, na segunda metade do livro, ele apresenta 8 caminhos para o sagrado. O foco é no encontro da satisfação íntima, equilíbrio, paz interior e autodesenvolvimento pessoal. Caminhos desconectados de qualquer religião. Apesar de suas limitações, o livro é inovador no campo do “espiritualismo”.

“O Poder do Agora” – Resumo de resenha do livro de Eckhart Tolle. Ed. Sextante, 1ª Ed. 2002.

Predispus-me a escrever uma resenha sobre o livro “O Poder do Agora”.
É fato esta necessidade humana traduzida pela palavra “religião” – religare. Religação da Consciência com sua origem multidimensional. Como já escrevi minha opinião sobre a religião, com todo respeito às crenças das pessoas, vou me concentrar sobre a necessidade humana de religação que citei.

Quando li “O Poder do Agora”, esperava conhecer mais uma proposta de “caminho espiritualista”. Não porque eu ainda tenha esta necessidade. Não. A Conscienciologia é minha ferramenta de autodesenvolvimento consciencial, e independe de qualquer muleta mística ou religiosa. É o que mais se adequou ao meu perfil científico, metódico, cético, pragmático e paradoxalmente espiritual, que hoje defino melhor pela palavra consciencial. Contudo, é sempre interessante conhecer outras propostas de amadurecimento consciencial. É importante para melhorar a assistencialidade. E entendo que cada pessoa tem uma forma própria de vivenciar e suprir a necessidade de evolução, e mecanismos personalíssimos de promoverem seu autoconhecimento e autoaprimoramento.

Pois bem, Eckhart Tolle vendeu mais de 1,5 milhão de livros em todo o mundo. O livro foi 1º lugar na lista do New York Times. Deepak Chopra ressaltou o valor do livro com as palavras “Cada frase transmite verdade e poder”. É aí que o “bicho pegou”. Arrastei-me na leitura procurando estas frases.

Achei o autor é extremamente abstrato e prolixo. Frequentemente, ambíguo. Muitas das propostas são óbvias e outras já apresentadas por inúmeras outras “correntes” filosóficas e espiritualistas. Meu exemplar esta todo riscado. Vários pontos de interrogações e críticas. Algumas boas colocações. O tempo todo me perguntava onde é que o autor queria chegar. No final, fiquei sem entender porque tanta gente gostou tanto deste livro.

“O Poder do Agora”, no meu entender, traz como proposta positiva a importância do autodiscernimento. De estarmos presentes no aqui e agora, que é o momento único e certo de estarmos vivos. E por isso temos que maximizar a qualidade deste momento. De tal forma, que pouco importa passado e futuro. Mas aborda de forma confusa como os mecanismos de defesa do ego nos manipulam. Fala também da questão das autosabotagens. Porém, na tentativa de explicar o que Freud e Jung apresentaram de forma científica e bem estudada, deprecia o valor da racionalidade, chamando a mente do maior vilão dos seres humanos. Penso na possibilidade de haver problemas de tradução.

Boas colocações:
Conceito de pensene: pensamento, sentimento e energia estão interligados
Importância do autodiscernimento, da autoconsciência, do autoconhecimento
Importância de desenvolvermos nossa “espiritualidade”
A importância de estarmos presentes no aqui e agora, atentos ao que pensenizamos e fazemos.
Sugestões a favor da ecologia, da sustentabilidade do planeta.
A importância da resignação ativa.
A existência da Consciência, além do corpo físico (embora as idéias sejam passadas de forma prolixa e obscura)
“Experimente e você vai ser a prova”. Pg. 124.
Dica para o EV. Pg. 125. Técnica exatamente igual à do EV basal.
“A verdadeira salvação é um estado de liberdade – do medo, do sofrimento, de uma sensação de insuficiência e de falta de alguma coisa.” Pg. 146

Exemplos de más colocações:
Distorção, abstração, prolixidade, e até contradições e enganos.
“ O predomínio da mente é apenas um estágio na evolução da consciência. Precisamos passar ao próximo estágio. Senão seremos destruídos pela mente” Pg. 26.
“A verdade estará na emoção e não no pensamento” Pg. 30
“Não permita que o sentimento se transforme em pensamento”. Pg. 43
Sugestões subliminares de repressão e alienação.
“O passado nos dá uma identidade e o futuro contém uma promessa de salvação e de realização. Ambos são ilusões”. Pg. 51
Freqüentes toques religiosos – cristãos e budistas, e citações a Deus.
Alusões a Adão e Eva! Pg. 114.
“A mente não consegue perdoar. Só você consegue” Pg. 121.
“ O sonho lúcido (PL!) não é libertador”. Pg. 133.
Péssima elaboração filosófica, opinião do autor, quanto às origens do Universo. Pg. 140.

domingo, 3 de maio de 2009

A dificuldade do mercado imobiliário em Recife

Pela enésima vez faço um esforço de buscar um apartamento para comprar. Desde 2006 estou nesta peleja. O problema é que não existe profissionalismo desta área.
Vejamos:
1) São centenas de anúncios somente para o bairro que procuro – boa viagem.
2) Os anúncios não colocam as informações essenciais.
3) Não dá pra realizarmos centenas de ligações para obter as informações dos imóveis! Pior: a maioria só disponibiliza o celular. Cada ligação me custa quase R$1,00/minuto. Dá pra se ter uma idéia do tempo e dinheiro necessário a tantas ligações! Vou acabar gastando o dinheiro do apartamento e meus dias de férias para esta busca.
4) Os anúncios citam que o apartamento, classificado em “3 quartos”, possui sala e WC (qual apartamento de 3 quartos não possui isso?!), mas não citam:
a. O preço – condição indispensável à decisão;
b. Localização – boa viagem é um bairro gigantesco. Morar no 1º jardim é completamente diferente de próximo ao shopping! Deveriam dizer ponto de referência.
c. Informações estruturais: varanda, infraestrutura do prédio (apenas alguns anúncios)
5) Os corretores são pessimamente preparados. Alguns sequer têm um mínimo de trato interpessoal. Até hoje só encontrei uma corretora aprovável. Os outros, insistem em gastar tempo, meu e dele, me levando pra ver apartamentos completamente fora dos meus requisitos. O que será que se passa na cabeça deles quando me leva pra ver um apartamento próximo do Acaiaca quando digo que quero morar no 1º jardim?
6) Liguei para pelo menos 10 corretoras de imóveis que não me deram nenhum retorno. Com certeza não é por falta de apartamentos, pois cada 10 prédios de Recife, acho que no mínimo 7 possuem uma placa de “Vende-se”.
7) Finalmente, nenhum corretor tem boa vontade de incluir minha casa como parte da negociação. Parece que acham que a corretagem será menor, apenas sobre a diferença. Esquecem que vão ganhar a corretagem sobre o valor da casa?

Por favor, quem conhecer um bom corretor ou tiver alguma sugestão, queiram me informar.

Provas quanto à existência de múltiplas vidas são necessárias?

Assisti a um vídeo sobre a história de um caso “confirmado” de ressoma (reencarnação).
Rebuscou-me a constante discussão que eu costumava me enveredar sobre a comprovação da multisserialidade (existências de múltiplas vidas). Antigamente eu costuma argumentar sobre os fortes indícios quanto a esta realidade. Hoje já consigo me resignar, respeitar de verdade a realidade do outro. Com certeza haveria outros argumentos para explicar o caso do garoto Ian. O mais forte argumento quanto ao problema fisiológico seria simplesmente “coincidência”. Mas como explicar os relatos de detalhes que o garoto conta da sua vida anterior, como seu próprio avô? “Isso é uma farsa”, diriam os mais céticos. “Ele acessou o inconsciente coletivo”, diriam alguns cientistas. É uma questão genética, diriam outros. E outras hipóteses mais difíceis de serem confirmadas que a simples explicação de que ele tenha sido, de fato, o seu próprio avô. Simples assim.
O que mais explicaria tantos relatos de crianças de suas vidas passadas, até em outros países, sequer conhecidos por seus pais, e nenhum vínculo genético?
O que mais explicaria as crianças prodígios, com habilidades artísticas ou mentais?
O que mais explicaria as diferenças gritantes entre dois gêmeos, univitelinos e submetidos às mesmas condições mesológicas?
As afeições e desafeições instantâneas que todos experimentamos?
A certeza de já conhecermos determinado local sem nunca termos ido lá nesta vida?
Os nossos próprios sentimentos inescondíveis de já termos vivido situações que não se passaram nesta vida?
As retrocognições raras, que alguns conseguem experimentar?
O sentimento íntimo de que temos uma “missão de vida”?
As sincronicidades inexplicáveis que testemunhamos?
“Experimente”, nos desafia o “Princípio da Descrença” da Conscienciologia e da Projeciologia. Mas a maioria das pessoas sequer arrisca experimentar.
A verdade é que muitos valores estariam em jogo caso pudessem comprovar a “continuidade da alma”. A existência da Consciência (ego, self, espírito) imortal. Muitos prazeres perderiam o sentido e teriam que ser colocados de lado. Mas é uma pena que não se perceba que somente buscando evolução consciencial é possível se obter a “paz de espírito” (homeostase holossomática), permanente, tão sonhada. Pois as dificuldades sempre existiram. O maior ou menor sofrimento vai depender de como lidaremos com elas. E somente a inteligência evolutiva nos ajuda na eficiência e eficácia do viver. Isso inclui também ampliar os momentos de satisfação íntima perante a vida.
Estudar Conscienciologia e Projeciologia ajuda no autoconhecimento, através da autopesquisa, e no autodesenvolvimento pessoal, na superação de traços fardos e na potencialização de traços fortes. Falar das vivências parapsíquicas e das convicções quanto a outras vidas, apesar de sua importância, torna-se secundário, posto que torna a vida atual, melhor.
Procura-se evitar porém os “estupros evolutivos”. Cada um tem seu ritmo. Cada um tem seu potencial. Cada um tem suas escolhas, suas prioridades. A única coisa comum a tudo e a todos, é nos assistirmos mutuamente, e darmos o melhor que pudermos em nossas vidas atuais.
VAMOS EM FRENTE!

Institividade x Consciencialidade

Quando assisti a este vídeo, lembrei de uma amigo que fazia apologia a uma situação de colocar um prato de comida para dois seres humanos famintos. Ele tinha a hipóstese única de que veríamos que o ser humano é puro instinto. Meu amigo se proclamava "realista". Em meu otimismo - sonhadora na opinião dele, sempre me me incomodou sua hipótese.

http://www.youtube.com/v/D85yrIgA4Nk
No vídeo temos um cão, um gato e um rato em prefeita harmonia. Até trocam carinhos.

Lembro de outro vídeo que uma fêmea jaguar em horário de caça, encontra um filhote de macaco. Ao invés de comê-lo, o adota.
Com certeza o cão, o gato e o rato estão bem alimentados.
Com certeza o instinto de sobrevivência é certo a qualquer ser vivo. O que não é certo, é o comportamento individualíssimo de cada "ser".
Então a questão é: quando os instintos se sobrepõem à racionalidade, que é uma conquista da consciência?
Na hipótese do meu amigo, se os dois seres humanos fossem mãe e filho, um casal, ou bons amigos, como nós, será que não nos motivaríamos a dividir aquele prato?
Há a teoria da evolução das espécies. Todas têm mesmo padrão de comportamento?
Há a ocorrência da evolução da Consciência. Cada um está em seu nível pessoal.

Só me cabe notar que toda esta discussão é balela inútil. E citar o Princípio da Descrença: "Não acredite em nada que lhe disserem. Tenha suas próprias experiências". E aí então confirmar que somos consciências em evolução. E uma vez experimentada esta realidade, não necessito me submeter à experiência de fome proposta pelo meu amigo. Abro mão da patola do caranguejo para meu pequeno de 5 anos ;-), mas é verdade que não o faria por um ente inquerido.

AUTOPESQUISA: FERRAMENTA DE SUPERAÇÃO DA ANSIEDADE

Senti necessidade de escrever um artigo sintético para disponibilizar em meu blog e com linguagem acessível, em resumo à monografia conscienciológica apresentada ao INTERCAMPI. A monografia foi fruto de mais de um ano de autopesquisa acerca do tema ansiedade, ajudando-me em meu autoconhecimento e na identificação das ferramentas priorização e auto-organização como essenciais à minha autossuperação e autocura personalíssimas. Quem sabe o registro de minhas experiências e reflexões podem ser úteis àqueles com dificuldades semelhantes... caso consigam ler este artigo com sua ansiedade em níveis permissíveis a uma autocrítica consciente ;-). O texto foi revisado por amigas.

A ansiedade é um traço fardo que acompanha milhões de concins, comprometendo seu bem-estar e seu processo evolutivo de diferentes formas. A despeito de várias definições, para mim, a ansiedade pode ser definida como um sentimento de perturbação, ânsia, insatisfação, incompletude e/ou angústia, que impede minha serenidade, e que me motiva a estar sempre em busca de alguma coisa que me traga satisfação íntima. A autopesquisa foi desenvolvida na intenção de identificar as causas, entender meu processo de ansiedade e atingir a auto-superação deste sintoma.

No início da autopesquisa, não foi difícil identificar os fatos denunciadores de meus traços fardos como: ansiedade constante; tendência a ser workaholic; sempre em cima da hora ou atrasada para os compromissos; angústia com medo de estar perdendo tempo; intolerância a momentos de espera em filas, consultórios; multiplicidade de interesses; agenda sempre lotada; dificuldade em fazer escolhas e priorizar; taquipsiquismo; eventuais melancolias; comportamento “controlador, entre outros.

No processo de reeducação, foram utilizadas técnicas consciencioterápicas, a elaboração de um Plano de Ação e o desenvolvimento da disciplina pessoal . Levantei algumas hipóteses para explicar a problemática e recomenda-se que qualquer pessoa "ansiosa" procure fazer o mesmo:

1. Fazer o máximo de coisas para compensar a baixa autoconfiança: “quanto mais eu fizer/construir, mais significante posso ser” – necessidade de sentir-me produtiva e útil.
2. Não ter tempo para enxergar a mim mesma – fuga de si.
3. Não dar espaço/tempo para enxergar minhas insatisfações – fuga de si.
4. Não ter tempo para maior convivialidade/contatos sociais com grupocarma – fuga de si.
5. Evitar assumir responsabilidades de maior comprometimento – fuga de si.
6. Preenchimento de “vazio existencial”.

Lista. Pode ser útil enumerar as principais ferramentas utilizadas e ações realizadas:

1. Mentalsomática. Biblioterapia. Estudo. Leitura. Não apenas sobre o tema em questão, mas assuntos diversos, obras úteis, técnicas, científicas, de qualidade literária. Percebi que o desenvolvimento intelectual e mentalsomático combate os emocionalismos e implementa a auto-confiança.
2. Auto-análise. O processo de auto-observação, autodiagnóstico, autocrítica.
3. Psicoterapia. Expor, falar sobre os problemas que angustiam, ouvir outros pontos de vista.
4. Grafopensenes. Desenvolver o hábito de escrever os próprios sentimentos e reflexões. Ajuda a “desabafar”, organizar as idéias e ampliar a percepção das situações.
5. Técnicas. Não é suficiente saber que é preciso mudar. É preciso ter métodos, técnicas que ajudem a concretizar o processo.
6. Assistencialidade. “Ajudar as pessoas”. O fato é que quando assistimos outras consciências, cumprimos nossa função essencial de projeto de vida e nos concedemos satisfação íntima. “Sair do próprio umbigo” também é fundamental.
7. Trinômio. Motivação-Trabalho-Lazer. Escolha prioritária.
8. Conviviologia. Disciplinar-se para ao menos uma vez por semana, estar em companhia de consciências afins.
9. Soma. Boa alimentação. Exercícios regulares.

Resultados. A maior auto-organização ajudou-me a concretizar maior número de tarefas e metas, a aumentar a produtividade, os momentos de acalmia e disponibilidade para família e lazer. Isso trouxe maior satisfação íntima e a conseqüente tranqüilidade mais frequentemente, retroalimentando o processo de auto-superação. Entretanto, esta não foi a conclusão principal neste trabalho. Apesar dos títulos sugestivos disponíveis na literatura – Liberte-se da ansiedade, Como superar a ansiedade, Confrontando a ansiedade, concluí que a ansiedade pode não ser um problema em si. Por esta razão, é necessária a identificação dos fatos e traços que levam a pessoa à ansiedade.

Conclusões. Reconheci o quanto as questões relacionadas à afetividade abalam meu equilíbrio emocional. Portanto, esta autopesquisa evidenciou os ganhos secundários que o padrão de comportamento ansioso mantinha, redirecionando-me para nova autopesquisa. Ainda não houve a superação plena do traço de ansiedade, mas percebo a necessidade de manter atenção à priorização e à auto-organização, e, principalmente, dar prosseguimento à autopesquisa, agora, relacionada à afetividade, o verdadeiro travão de meu processo evolutivo.

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2

Gostei do voto do meu pai e pedi pra ele para compartilhar no meu blog.
Cheguei a comentar com ele o quanto lamento que ele não torne sua lucidez, discernimento e intelectualidade mais úteis à sociedade. Queria que ele fosse mais atuante e convertesse seus talentos em maiores ações. Taí:

"O que precisa mudar no Brasil para sua vida melhorar de verdade", por Eduguru:

A VERGONHA NA CARA DA CASTA DA POLÍTICA: POLÍTICA É ALTRUÍSMO:
(Verbete: altruísmo1. Amor ao próximo; filantropia.2. Desprendimento, abnegação),
NÃO PODE SE TORNAR PROFISSÃO E MUITO MENOS MEIO DE VIDA. OU PIOR, DE ENRIQUECIMENTO (E O DELES É GERALMENTE ILÍCITO!!!).